Fibromialgia

Estudo de 2018 documenta pela primeira vez alterações neuroquímicas no cérebro de pacientes com fibromialgia, mostrando inflamação generalizada. Espera-se que esta prova objetiva ajude a diminuir o estigma que muitos pacientes enfrentam por haver quem considere que os seus sintomas são imaginários.

a brain scan
Imagem combinada de ressonância magnética e tomografia de emissão de positrões, ilustrando áreas do cérebro em que pacientes com fibromialgia tiveram aumento da ativação glial, em comparação com o grupo de controlo (pessoas não afetadas pela doença). Crédito da imagem: Marco Loggia, PhD, Centro de Imagiologia Biomédica de Martinos, Massachusetts General Hospital, EUA.
Um estudo (2019) incidiu sobre 70 pacientes do sexo feminino com fibromialgia (FM), as quais foram aleatoriamente distribuídas por grupos; um detes fez apenas o tratamento habitual e o outro combinou o tratamento habitual com o programa Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR).
O estudo pretendia estender os achados clínicos anteriores de MBSR em relação ao seu impacto quer na sintomatologia clínica quer em biomarcadores imunológicos (IL-6, CXCL8, IL-10 e hs-PCR); visava também explorar o papel daqueles biomarcadores como preditores de eficácia. A fim de avaliar o equilíbrio entre as vias pró e anti-inflamatórias, foram calculados os quocientes dos marcadores inflamatórios (IL-6, CXCL8 e hs-PCR) com a citocina anti-inflamatória IL-10.
Os resultados mostram que a prática de mindfulness tem eficácia clínica em pacientes com FM. Os resultados sugerem que o programa MBSR tem efeitos imuno-regulatórios significativos em pacientes com FM. Aqueles biomarcadores podem, em parte, predizer a eficácia clínica de MBSR e podem ser adequados para monitorar a responsividade ao MBSR.
 
Estudo aleatorizado e controlado (de 2013) em mulheres espanholas com fibromialgia, mostra que o programa MBCT (mindfulness-based cognitive therapy) é eficaz, reduzindo o impacto da doença e diminuindo a sintomatologia depressiva.